De forma a compreender o que é uma catarata, é necessário conhecer a anatomia básica do olho humano.
O olho é composto por várias estruturas. A córnea é a parte externa e transparente do olho (semelhante a um vidro de um relógio), responsável por focar a luz recebida. A íris é a parte colorida do olho. No seu centro, encontramos a pupila, o orifício que permite a entrada de luz. O cristalino ajuda a focar a luz na retina, que é uma camada sensível à luz no fundo do olho. Posteriormente, a luz é convertida em impulsos elétricos, transmitidos ao cérebro pelo nervo ótico.
Os sintomas de cataratas incluem visão enevoada/turva ou encandeamento com as luzes, entre outros, tais como os ilustrados na figura abaixo.
As indicações para a cirurgia de catarata incluem perda de visão, dificuldade em realizar atividades diárias e a opacidade do cristalino.
É cativante notar como a presença de uma catarata pode alterar a perceção das cores e a noção de detalhe.
Nesta interessante comparação, podemos ver o mesmo quadro de Monet, Nymphéas, le pont japonais”, antes e depois de Monet sofrer de cataratas. É interessante observar a perda de detalhe e diferença de tons antes e depois de Monet sofrer de cataratas.
Durante a cirurgia de catarata, o cristalino opacificado é substituído por uma lente artificial, o que permite a recuperação da visão. O procedimento é realizado com anestesia local, sem necessidade de internamento e tem uma duração média de 15 a 30 minutos. Os benefícios comprovados da cirurgia incluem a melhoria da visão, o aumento da qualidade de vida, a redução da visão enevoada e uma maior segurança na condução de veículos, entre outros.
Como em qualquer procedimento cirúrgico, existem riscos envolvidos, como infeção, inflamação ou descolamento da retina. É importante que o paciente esteja informado sobre estes riscos, discutindo-os com o seu oftalmologista.
Cirurgia de catarata com técnica convencional vs. laser de femtosegundo
A cirurgia de catarata pode ser feita de 2 formas: a técnica convencional ou a assistida por laser de femtosegundo.
O laser de femtosegundo é uma tecnologia inovadora utilizada na cirurgia de catarata. Este tipo de laser emite pulsos de luz ultrarrápida, permitindo maior precisão durante a cirurgia. O laser de femtosegundo é utilizado para realizar incisões precisas na córnea, permitir o acesso à catarata e fragmentá-la, melhorando significativamente a visão do paciente. Além disso, os benefícios do laser de femtosegundo incluem uma recuperação mais rápida e menos desconforto pós-operatório. No entanto, é essencial que o paciente seja avaliado por um oftalmologista experiente antes de tomar a decisão de optar pela cirurgia de catarata assistida por laser de femtosegundo.
No que diz respeito à escolha da lente intraocular implantada na cirurgia de catarata, a opção mais comum são as lentes monofocais, que proporcionam uma visão nítida apenas para uma determinada distância (geralmente para longe). Isto obriga o paciente a usar óculos, após a cirurgia, para atividades como ler, ou usar o computador ou o telemóvel.
Quando comparadas com as lentes monofocais, as lentes premium na cirurgia de catarata oferecem aos pacientes a possibilidade de reduzir a dependência de óculos após a cirurgia, melhorando, assim, a visão e a qualidade de vida.
A catarata é uma opacificação da lente natural do olho, chamada cristalino, que se encontra localizada no olho atrás da íris (parte colorida do olho).
O único tratamento para a catarata é a cirurgia.
Na cirurgia de catarata, o cristalino é removido, por meio de ultrassons, através de uma pequena incisão (técnica chamada de facoemulsificação). Durante a cirurgia, a lente natural do olho é substituída por uma lente intraocular (LIO) artificial.
A principal indicação para a cirurgia de catarata é uma diminuição da visão. No entanto, poderão existir outras, como dificuldade com a visão no dia-a-dia (ex: encandeamento, má visão de cores, noturna, etc.) ou indicações refrativas (desejo de independência de óculos).
Antes da cirurgia, é realizado um exame completo pelo oftalmologista e a LIO é calculada de acordo com as características do olho.
No dia da cirurgia, são colocados colírios anestésicos e para dilatar a pupila. A cirurgia decorre, na maioria dos casos, sob anestesia tópica (apenas com gotas).
As LIOs utilizadas podem ter diversos materiais (acrílico, silicone, etc.), sendo todas permanentemente compatíveis com as estruturas do olho.
Existem diversos tipos de lentes intraoculares:
A escolha da lente ideal para cada caso é feita de acordo com o desejo do doente e a indicação do oftalmologista (nalguns casos não podem ser utilizadas lentes multifocais, por exemplo).
Embora variável, a recuperação é, geralmente, rápida. Normalmente, é necessário colocar colírios após a cirurgia e é fundamental seguir todas as indicações do médico.
A taxa de sucesso da cirurgia é muito alta. No entanto, a recuperação visual pode ser limitada por doenças noutras estruturas do olho (córnea, retina, etc.).
Embora as complicações sejam raras, podem acontecer, entre outras:
Poderão ainda existir intercorrências durante a cirurgia, na maioria das vezes de fácil resolução.
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